Já não é só em Lisboa que encontrar casa para arrendar – a um preço razoável – é uma tarefa difícil.
Os estudantes estão a sentir dificuldades em outras cidades do país, onde a pressão turística e o aumento da procura imobiliária estão a fazer disparar os preços dos imóveis. Porto, Aveiro e Braga são os novos alvos.
Um estudo da Uniplaces, que recentemente publicámos no idealista/news, mostra que o orçamento médio necessário para viveres e estudares nas duas maiores cidades do país – Lisboa e Porto-, percebendo-se que os custos com o alojamento são aqueles que mais pesam na carteira do estudantes. A plataforma online para alojamento de estudantes universitários revelou ainda que em Lisboa, neste momento, um quarto custa em média 364 euros por mês e, no Porto, o custo médio é de 272 euros.
Preços aumentaram cerca de 40% na cidade Invicta
Se, no ano letivo passado, um estudante do ensino superior no Porto conseguia arrendar um quarto por valores entre os 140 e os 250 euros, o que dava uma média de 195 euros por mês, este ano o preço médio de um quarto individual aumentou para 270 euros, disse à agência Lusa Inês Amaral, marketing manager na Uniplaces.
“Temos muito mais procura do que no ano passado, porque o número de estudantes estrangeiros tem aumentado muito e são 80% do nosso ‘target’ (alvo)”, afirmou Inês Amaral. A marketing manager justifica o aumento dos preços com a pressaão turística e com o diferencial entre o aumento da procura e redução da oferta disponível.
Alunos do Porto procuram alojamento alternativo e residências
“Chegam relatos preocupantes” à FAP e às associações de estudantes individualmente, avança à agência Lusa Ana Maria Luísa, presidente da Federação Académica do Porto (FAP).
Ana Maria Luísa revela que os alunos estão a ter muitas dificuldades em encontrar alojamento acessível. O preço das casas no Porto estão mais elevados do que no passado e a pressão turística é a principal culpada – e está a prejudicar inúmeros estudantes carenciados.
Arrendar casa em Braga ficou “mais complicado”
No Minho as queixas sobre os preços também estão a multiplicar-se. De acordo com os estudantes ouvidos pela agência de notícias, os preços “já não são os da uva mijona”.
Também os responsáveis pelas duas das maiores agências imobiliárias da cidade apontaram uma subida de preços no mercado de arrendamento “na ordem dos 20% a 30%” nos últimos dois anos. Este aumento, tal como a diminuição de oferta, estão a tornar a “vida mais complicada” aos estudantes que querem arrendar casa em Braga.
A opinião do agentes imobiliários António Cardoso (da Remax) e Sílvia Pinto (da ERA) – ouvidos pela Lusa – é unânime. “Arrendar casa em Braga fácil e barato já foi, já não é”, afirmam.
Aveiro também sofre com a pressão turística
O presidente da Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAV), Xavier Vieira, defende que o negócio do alojamento local está a fazer aumentar o preço das rendas para estudantes. Segundo escreve a Lusa, o movimento turístico no posto de atendimento de Aveiro fechou o ano de 2016 com um aumento de 40% face ao ano anterior e houve um crescimento continuado de dormidas.
O reitor da Universidade de Aveiro (UA), Manuel Assunção, admite que há menos oferta no mercado de arrendamento e também atribui as culpas ao aumento da pressão turística em Aveiro.
“Há alojamentos que os proprietários se habituaram a arrendar noite a noite e, portanto, enquanto durar esta procura turística, as pessoas não estão disponíveis para o alojamento mensal, que é o que os estudantes procuram”, sublinhou Manuel Assunção.
Fonte: Idealista
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