Bruno Silva, o professor que virou consultor na BelleVille Imobiliária, lança hoje a sua página de facebook profissional. Em paralelo, lança também a sua primeira crónica, expondo o que é ser consultor imobiliário, entre o estereótipo antigo deste conceito e o que, aos seus olhos, é ou deverá ser o conceito atual, com que ele se depara no seu dia-a-dia.
“Consultamos?
Eu consulto…
Consultor imobiliário. Nome pomposo, provavelmente eufemismo de vendedor de casas, mas ainda assim, envolto numa névoa mais ou menos densa, provocando esgares de desconfiança e cautelas entre clientes e proprietários.
Afinal, quem é o consultor imobiliário? Que formação tem? Que código deontológico segue?
Quem, como eu, vindo de outro ramo, vem para a área imobiliária, tendo passado, igualmente, pela experiência do lado de lá, isto é, enquanto cliente, a primeira impressão, a primeira postura a considerar é, inquestionavelmente, a do cliente.
Claramente, considero que é imperioso pensar, estar, sentir o cliente, ser cliente. Quando assim é, jamais seria ponderável fazer algo a alguém que não admitimos que nos façam a nós. Isto é o que alguém bem formado, sério, honesto fará em qualquer circunstância. O consultor, infelizmente, não transporta esta áurea.
O estereótipo é antigo, tipo bem-falante, de sorriso fácil, engomado e gravata imaculada. Discurso redundante e decorado pelo número de vezes que o repetiu, postura presa à verbalização de lugares comuns. Na verdade, em muitas ocasiões, ainda o cliente não se reuniu com o consultor e já desconfia dele. O cliente não quer este consultor, evita este modelo gasto e carunchado pelo tempo.
Hoje, mais do que o vendedor, o cliente procura o profissional de confiança, que aconselhe, que oriente, no sentido da prossecução de um bom negócio. Evidentemente, um cliente satisfeito divulga o bom serviço prestado, sugere o profissional sério e ético que pensa, primeiramente, no cliente, nas expetativas do cliente, e não no recheio da sua carteira. Mais do que tudo, o cliente quer sentir segurança, sentir que não vai ser traído e nunca vigarizado. O cliente deseja sentir-se em boas mãos, ver no consultor um amigo que irá defender os seus interesses e não o interesse pessoal da venda. Por isso, exige-se que o consultor, para além de cuidar da sua imagem, deve ser alguém bem formado, preferencialmente com formação académica e gosto pela procura constante de conhecimentos, sobretudo em áreas mais ou menos abrangentes relacionadas com vendas, gestão e recursos humanos, mas acima de tudo, o consultor tem de ser alguém assertivo, eticamente irrepreensível, um bom profissional.
Este deve ser o paradigma do consultor moderno, o consultor (in)formado, bem formado, educado, bem preparado, autónomo e independente, com juízo crítico, sério, competente, proactivo, parceiro e amigo do seu cliente. Portanto, é tempo de por termo ao discurso fácil e a todos os artificialismos que criaram a imagem vigente e nebulosa do consultor imobiliário.
Hoje em dia é quase moda falar-se em transparência. A questão é deixar de ser moda, de se falar, mas ser-se. Na Roma antiga havia um ditado que ainda hoje é atualíssimo: “Não basta parecer, há que ser…”. Precisamente, o consultor imobiliário não pode somente parecer, mas tem de ser, ser muito exigente, primeiramente consigo, e sobretudo exigente em assegurar o sucesso e satisfação do cliente.”
Autor: Bruno Silva
Com frequência, outras crónica vão ser publicadas por ele, tanto na sua página de facebook “Consultamos?” como aqui no Blog da BelleVille.