E Depois do Adeus?

E Depois do Adeus?

Não, não se trata da célebre música de Paulo de Carvalho. Não, esta crónica não tem conotação política. Depois do adeus refere-se ao período pós-venda. Até à celebração da escritura ou contrato, clientes e promotor conversam, negoceiam, riem, enfim, trocam cumplicidades, mas subitamente interrompidas após a dita escritura ou contrato.

Dei por mim, um dia destes, a pensar neste assunto. Porquê? Sim, porquê? A imagem que passa, infelizmente, é assim uma espécie de interesse instalado entre as partes, cada um absorvido pelas suas intenções, usando os seus recursos, no sentido concluir rapidamente o negócio. Eu mesmo tenho-o feito!!!

Ora, então onde ficou a tal cumplicidade? É que em alguns casos (não em todos, evidentemente) a convivência levou, por exemplo, a debates literários, gargalhadas, excelentes momentos. Lembro-me de uma senhora, com quem conversei acerca de livros (outra das minhas paixões), sobre um escritor catalão, Carlos Ruiz Zafon, um dos meus preferidos, tendo, inclusivamente, prometido emprestar-lhe um dos seus best sellers. Só que…nada sucedeu! E porquê?

Ah…e não me venham com os argumentos da vida e tal, da azáfama e coisas quejandas. Simplesmente parti para outra circunstância, centrei o meu foco no próximo cliente, no próximo eventual negócio. E o telefonema, email, até sinal de fumo, perguntando como o cliente se adaptou, se está tudo bem, se há observações, se ainda quer o livro para ler?

Falhei…a todos os meus clientes, peço desculpa. O conformismo, a resignação ao artificialismo do sistema é péssimo, é o pior inimigo à imagem do consultor que advogo. Tenho preconizado uma imagem e…não, Bruno, não mesmo! Por isso, caros amigos, comprometo-me em ligar com todos, para vos ouvir, aconselhar, dar-vos uma palavra de apreço.

Obrigado.

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