O tempo médio de venda de um imóvel tem vindo a diminuir nos últimos anos, sendo que em 2017 quase 85% das casas que foram colocadas no mercado demoraram menos de seis meses a ter novo dono. E estão a ser transacionados cada vez mais imóveis, sendo que em 2018, a venda de alojamentos familiares deverá crescer entre 10 a 15%.
Em causa estão estimativas da Associação Portuguesa dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). Segundo Luís Lima, presidente da entidade, “em 2014 e 2015, o tempo médio de venda era superior a dois anos” e atualmente “um terço dos imóveis demora entre um a três meses a ser vendido”. “A percentagem das vendas em menos de três meses vai aumentar este ano”, adiantou o responsável, citado pelo Público.
De acordo com a publicação, que se apoia em dados dos mediadores imobiliários, quase 85% dos imóveis demoram até seis meses a ser vendidos, sendo que 37,7% levam entre um a três meses e 46,67% demoram entre quatro a seis meses. E mais: só 4,44% das casas ficam “nas mãos” dos mediadores mais de um ano.
E se por um lado as casas estão a ser vendidas cada vez mais rapidamente, por outro o número de vendas disparou, estando o mercado imobiliário a registar um dinamismo sem paralelo. Os dados – provisórios – da APEMIP apontam para que tenham sido transacionados no ano passado 270.000 imóveis (habitação e comércio), um número que deverá aproximar-se dos 300.000 no final deste ano. No que diz respeito apenas ao setor residencial (aos alojamentos familiares), as estimativas dos mediadores apontam para um número de transações entre 165.000 a 175.000 no total do ano.
Segundo as contas do Público, que se baseia em registos e certidões prediais, o número de transações terá aumentado 19% num ano, no primeiro semestre de 2018 face aos primeiros seis meses de 2017. E os valores estimados para 2018 comparam com pouco mais de 100.000 registos em 2015, perto de 130.000 em 2016 e cerca de 160.000 em 2017.
Para Luís Lima, o número de transações poderia ser “muito superior se a oferta de casas à venda fosse maior”. O líder da APEMIP adiantou ainda que para serem suprimidas as necessidades da procura são necessárias cerca de 70.000 novas casas no mercado imobiliário, especialmente em Lisboa e Porto.
Artigo retirado de: Idealista/News