O preço da eletricidade vai mesmo ficar mais barato a partir de 1 de janeiro de 2019. A descida será de 3,5% e vai abranger os consumidores do mercado regulado, beneficiando cerca de um milhão de famílias.
A fatura vai diminuir, em média, 1,58 euros por mês, segundo as contas da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
A atualização dos preços, agora confirmada pelo regulador em comunicado, permitirá às famílias poupar uma média de 1,58 euros numa fatura média mensal de 45,1 euros. Para os consumidores com tarifas sociais também há boas notícias: prevê-se uma redução de 13,67 euros, para uma fatura média mensal de 26,8 euros.
A descida – trata-se da segunda maior redução de preços nos últimos 20 anos – vai abranger cerca de 1,15 milhões de clientes domésticos do mercado regulado, uma vez que mais de cinco milhões já transitaram para o mercado liberalizado do setor.
Recorde-se que a revisão das tarifas por parte da ERSE, que a 15 de outubro tinha avançado com uma proposta de aumento dos preços de 0,1%, acontece depois de o Governo ter aprovado a transferência de 190 milhões de euros para abater o défice tarifário, como previa o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).
Medida “não garante a descida imediata”, diz a Deco
A Deco considera que a medida é positiva a médio prazo, mas não suficiente, defendendo que o país continuará no topo da lista da eletricidade mais cara da Europa. “A maioria dos consumidores está no mercado liberalizado e o preço final é fixado pelo comercializador. O passado mostra que, mesmo com a descida dos custos, a fatura não desceu”, afirma a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor numa nota enviada à imprensa.
A associação recorda que cerca de 1,1 milhões de clientes permanecem nas tarifas transitórias, mas que mais de 5 milhões já transitaram para o mercado liberalizado, o que quer dizer que para que esta redução tenha impacto “será pois necessário que os comercializadores em mercado transfiram esta redução nas tarifas de acesso para os seus clientes, e não absorvam este valor onerando as restantes componentes da fatura”.
Fonte: Idealista/news