Um dado importante para quem está a considerar contratar um crédito à habitação: as atuais condições do mercado das taxas de juro não devem mudar muito daqui até,pelo menos, ao verão de 2019, segundo o próprio governador do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. Isto significa que, devido à estabilidade das Euribor, se pode contar sem grandes variações na prestação da casa durante mais um ano. A partir de aí, o cenário deverá mudar e, por isso, neste momento é hora de pensar se optar por um empréstimo para a compra de casa baseado em taxa fixa, variável ou mista. 

A Euribor – que serve de referência à quase totalidade de créditos à habitação existentes em Portugal – mantém-se em mínimos históricos, sobretudo a taxa a um mês que desde julho de 2016 está em terreno negativo (-0.37). Os vencimentos a três e seis meses mantêm-se  em -0.32 e -0.27 respetivamente.

No que respeita às previsões da Euribor: as taxas futuras mostram que vai aumentar, ainda que lentamente. Uma subida que poderá acontecer na primeira metade de 2019, mas permanecendo em território negativo. O parâmetro de referência a três meses para as hipotecas de tipo variável devem cruzar o nível psicológico do zero durante o ano de 2020 e depois seguir numa linha de crescimento constante, atingindo um total de 0,50 no primeiro trimestre de 2021 e chegar a mais de 1% em 2022.

No que toca às Euris (acrónimo de inglês para Euro Interest Rate Swap), que servem de referências para as hipotecas de taxa fixa, mantêm-se quase estáveis. Em agosto registaram mínimos de 2018, depois de em 2017 terem subido em torno a 1,20 pontos base em todos os prazos. Os contratos de 20, 25 e 30 anos oscilaram no mês passado entre 1.40 e 1.50. Ao contrário da Euribor, estas taxas terão subido mais devido às expetativas de crescimento da inflação na zona euro.

Artigo de: Idealista/News